Intrus

Olhar distante, vazio existente
Caminhamos descontentes
Ilusão é procurar longe
Coisas que estão dentro da gente

Passageiros ingratos, ingênuos
A vida é um empréstimo e nada mais
Valorizar nós não sabemos,
Razão que justifica a ausência da paz

Vale a inteligência externada?
Não valeria a inteligência plena?
Tolos, não existem caminhos
Porque essencial à rosa é o seu espinho

Para Ser feliz...
Que haja discernimento
Nesses dias como aprendiz
O Segredo é distinguir o tempo


Tempos e frutos


Por não calcular o tempo que tenho
Por não aproveitar o momento que há
Tornaram-se minutos os segundos, com desdenho
E dias, anos pesados... Sem eu notar


E em vão me vi reclamando o tempo
Porque eu não soube aproveitá-lo
Próximo ao fim, me envelhecendo
Somente gozando eu do meu trabalho


Dele, o tempo, não sou criador
Apenas obra da vida no infinito
Dias e noites me foram dados
Para servir, antes de ser servido


E transportando-me ao Monte da Sabedoria
Ela me explicou à Luz do que é Real
Que ao doar minha própria vida,
Presenteio a todos com um degrau


 

Outro Caminho

Observo uma estrada
Na qual nem todos vão por lá
É que entre a multidão
Ninguém consegue caminhar

Por ser a jornada curta
E a euforia muito breve
A importância que tem a luta
A maioria despreza ou esquece

Poucas são as diferenças,
Mas distorcidos estão os conceitos
O derrotado não é quem perdeu
Saibas, é aquele que não se moveu

Se alguém do saber tirar proveito
A vida tornar-se-á bela
Infelizmente não saber vivê-la
É uma de nossas misérias